Peeling de Fenol X Melasma
Peeling de Fenol para o tratamento do Melasma?
Os procedimentos muito agressivos sempre foram contra-indicados para pacientes com melasma, uma vez que nessa condição os melanócitos (células que produzem pigmento) são hiperativos e a reação infamatória gerada por esses procedimentos poderia agravar o quadro, piorando ainda mais as manchas.
No entanto, novas descobertas científicas acerca da fisiopatologia do melasma evidenciaram que a doença tem como substrato o fotodano. Ou seja, para que o melasma aconteça, necessariamente a pele deve ter dano solar acumulado. Muitas outras complexas e ainda não completamente elucidadas alterações acontecem na sequência, mas o dano solar é a base do problema.
Desde então, a visão sobre o tratamento do melasma mudou, pois ficou claro que estávamos tratando as consequências e não a causa. O melasma é um distúrbio do fotoenvelhecimento que tem como consequência a pigmentação, não um distúrbio da pigmentação propriamente dito. Talvez por isso nenhum tratamento até então seja de fato resolutivo.
Assim, o Fenol passou a ser considerado, já que é o tratamento que mais efetivamente trata o dano solar na pele. A reorganização do colágeno promovida por esse peeling profundo seria capaz de reverter o fotodano e dessa forma a produção de pigmento cessaria de forma definitiva.
Ainda não temos uma casuística significativa e um período de seguimento longo para considerar o procedimento como escolha para o melasma, mas ele surge como uma alternativa para pacientes que já tentaram todos os tratamentos convencionais e não obtiveram resultados e cujas manchas interferem de forma significativa na qualidade de vida.
Vale lembrar que o Peeling de Fenol é um procedimento agressivo, que necessariamente deve ser feito sob investigação clínica e laboratorial prévias. Não é para qualquer tipo de pele, nem qualquer paciente.