Série “inVisíveis” – dia 1 – parte 1
24/02/2023Peeling de Fenol para o tratamento do Melasma?
15/03/2023Blog
Restrição Calórica e Prevenção do Envelhecimento e Doenças
Será que a vida útil de um animal pode ser aumentada restringindo a ingestão de calorias? A questão é objeto de estudo há décadas, principalmente por meio de duas experiências simultâneas de longo prazo usando macacos rhesus. Curiosamente, esses dois estudos chegaram a conclusões conflitantes, mas, comparando seus resultados e considerando outras variáveis, os cientistas determinaram recentemente que a resposta é sim - a restrição calórica ajuda os macacos a permanecer mais saudáveis e a viver mais.
Restrição calórica significa comer menos, mas requer dieta equilibrada e de qualidade, não ingerir os nutrientes corretos pode levar à desnutrição e a uma potencial perda de massa muscular, densidade óssea e saúde. A prática precisa ser cuidadosamente controlada e, quando realizada adequadamente, demonstrou melhora na expectativa de vida em várias espécies (peixes, ratos, leveduras, vermes).
No caminho para descobrir se isso poderia ou não ser aplicado aos seres humanos, os cientistas começaram a estudar os efeitos da restrição calórica sobre os primatas. Em 1987, o Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA) iniciou seu estudo, alimentando um grupo de teste de macacos rhesus com 30% menos comida do que um grupo controle de animais da mesma idade, sexo e tamanho. Em 1989, a Universidade de Wisconsin-Madison (UW) lançou um estudo semelhante.
Após 20 anos, a equipe da UW relatou resultados positivos, tendo constatado que os macacos cujas dietas haviam sido restringidas estavam vivendo em média mais tempo e apresentavam menos casos de câncer, doenças cardiovasculares, atrofia cerebral e resistência à insulina. Mas quando o estudo da NIA anunciou suas descobertas em 2012, os pesquisadores relataram que a dieta não teve efeito significativo na longevidade dos macacos, embora tenha os tornado mais saudáveis.
Para tentar entender as discrepâncias entre os dois estudos, cientistas de ambas as equipes se reuniram para analisar os dados coletados nos dois experimentos, envolvendo cerca de 200 macacos no total. Os pesquisadores foram capazes de identificar vários fatores, incluindo idade, dieta e sexo, que podem ter influenciado os diferentes resultados.
Levando esses fatores em consideração, o estudo combinado concluiu que a menor ingestão de alimentos (restrição calórica) em macacos adultos ou de idade avançada está associada à melhora da qualidade de vida e sobrevivência e ao retardo do envelhecimento em primatas não humanos.
Os pesquisadores concluíram que dadas as semelhanças entre macacos rhesus e humanos, os efeitos benéficos da restrição calórica na saúde e no tempo de vida também poderiam ser observados em humanos. No entanto, são necessárias mais pesquisas para estudar a fundo como uma dieta com menos calorias afeta os seres humanos à medida que envelhecem. Estudos futuros também devem examinar outros fatores que podem ser importantes na redução da incidência dessas doenças e na preservação da massa corporal magra, como a atividade física.
De qualquer forma, fica a dica: Coma menos, para viver mais e melhor!!
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Restrição Calórica e Prevenção do Envelhecimento e Doenças
Será que a vida útil de um animal pode ser aumentada restringindo a ingestão de calorias? A questão é objeto de estudo há décadas, principalmente por meio de duas experiências simultâneas de longo prazo usando macacos rhesus. Curiosamente, esses dois estudos chegaram a conclusões conflitantes, mas, comparando seus resultados e considerando outras variáveis, os cientistas determinaram recentemente que a resposta é sim - a restrição calórica ajuda os macacos a permanecer mais saudáveis e a viver mais.
Restrição calórica significa comer menos, mas requer dieta equilibrada e de qualidade, não ingerir os nutrientes corretos pode levar à desnutrição e a uma potencial perda de massa muscular, densidade óssea e saúde. A prática precisa ser cuidadosamente controlada e, quando realizada adequadamente, demonstrou melhora na expectativa de vida em várias espécies (peixes, ratos, leveduras, vermes).
No caminho para descobrir se isso poderia ou não ser aplicado aos seres humanos, os cientistas começaram a estudar os efeitos da restrição calórica sobre os primatas. Em 1987, o Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA) iniciou seu estudo, alimentando um grupo de teste de macacos rhesus com 30% menos comida do que um grupo controle de animais da mesma idade, sexo e tamanho. Em 1989, a Universidade de Wisconsin-Madison (UW) lançou um estudo semelhante.
Após 20 anos, a equipe da UW relatou resultados positivos, tendo constatado que os macacos cujas dietas haviam sido restringidas estavam vivendo em média mais tempo e apresentavam menos casos de câncer, doenças cardiovasculares, atrofia cerebral e resistência à insulina. Mas quando o estudo da NIA anunciou suas descobertas em 2012, os pesquisadores relataram que a dieta não teve efeito significativo na longevidade dos macacos, embora tenha os tornado mais saudáveis.
Para tentar entender as discrepâncias entre os dois estudos, cientistas de ambas as equipes se reuniram para analisar os dados coletados nos dois experimentos, envolvendo cerca de 200 macacos no total. Os pesquisadores foram capazes de identificar vários fatores, incluindo idade, dieta e sexo, que podem ter influenciado os diferentes resultados.
Levando esses fatores em consideração, o estudo combinado concluiu que a menor ingestão de alimentos (restrição calórica) em macacos adultos ou de idade avançada está associada à melhora da qualidade de vida e sobrevivência e ao retardo do envelhecimento em primatas não humanos.
Os pesquisadores concluíram que dadas as semelhanças entre macacos rhesus e humanos, os efeitos benéficos da restrição calórica na saúde e no tempo de vida também poderiam ser observados em humanos. No entanto, são necessárias mais pesquisas para estudar a fundo como uma dieta com menos calorias afeta os seres humanos à medida que envelhecem. Estudos futuros também devem examinar outros fatores que podem ser importantes na redução da incidência dessas doenças e na preservação da massa corporal magra, como a atividade física.
De qualquer forma, fica a dica: Coma menos, para viver mais e melhor!!